segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O pânico do 0-0. Está aberto o FC Porto - Benfica, 2011/2012.

1 - Comecemos por nós:
 Fomos incompetentes. Naquele estádio, a única coisa decente esteve na bancada. Um enorme apoio, numa bancada que se ouviu durante quase todo o jogo, a cantar pelo FC Porto. Na verdade, jogou-se mais na bancada do que dentro das quatro linhas, onde a displicência e arrogância, tomou o lugar do bom futebol. Há já por aí alguns iluminados a dizer que sem Hulk e sem Álvaro Pereira, o FC Porto é uma equipa banal... para falar mal do FC Porto já falta imaginação. O quer seria do Real Madrid sem Ronaldo e de Barcelona sem Messi? 

O mal da equipa não esteve nos ausentes, mas sim nos presentes, e nos que deviam estar no plantel e não estão. Quero com isto dizer, que os jogadores que estiverem em campo deram 45 minutos de avanço ao adversário, jogaram a primeira parte à Sporting, ou seja, estiveram em campo, mas sem sentido nem espírito suficiente para vencer. Ao intervalo, sacrificou-se o saco de críticas do costume, Kléber, e de nada adiantou. Sou muito cuidadoso em relação a críticas sobre o Kléber, o jogador não era para ser titular, e Walter está no banco... para bom entendedor chega. É inegável que a equipa tem um buraco deixado por Falcão, e aqui reside um dos problemas - quem não está presente. Falcão era de topo, e a equipa estava habituada a ter do melhor que há no mundo lá na frente. Podemos pedir o mesmo a Kléber? Se o ano passado faltava um avançado na equipa, este ano falta o que?

Vitor Pereira tem reagido bem às adversidades e não tem demonstrado medo de mexer na equipa. Esse estilo manteve-se, mas desta vez o resultado não foi positivo, o que é suficiente para que o elogiado e novato treinador, seja já alvo de críticas, que são, acredito, sobretudo ansiedade. Perdemos - sim perdemos, empatar com o Farense sabe a derrota - em primeiro lugar porque fomos incompetentes. Dentro do que considero incompetência coloco também as duas bolas na barra (já são oito em três jogos consecutivos), porque enviar bolas à barra é não marcar, e só contam as bolas que entram e os árbitros validem como golo, e como não somos Sportinguistas não temos azar, temos antes que melhorar. Não me parece ainda, que Vitor Pereira tenha feito algo, tacticamente e na equipa escalada, de tão diferente daquilo que faria André Villas Boas, com jogos a meio da semana para a Champions e com um adversário como o Feirense. A motivação essa, é que foi bem diferente... revi Jesualdo Ferreira, o estilo foi o mesmo.

2 - Esta coisa dos árbitros:
Pelo que já fui percebendo, vou ser dos únicos que vai tocar no tema da arbitragem. Isto deve-se sobretudo à exibição da equipa. Jogaram tão mal, que até parece mal falar da arbitragem. Mas como o parecer bem ou mal é algo com que eu convivo bem, acho que o árbitro foi também um incompetente. Refiro-me ao futebol que não se jogou. A segunda parte foi anedótica em tempo de jogo, estivesse um Inglês a ver o jogo, e passaria a não perceber como é possível aquilo ser um espectáculo que leve pessoas ao estádio, e de seguida iria ver um jogo da segunda liga Inglesa para desanuviar. 

Houve paragens de 4 minutos, sem que o Sr. árbitro se esforçasse sequer, para retomar o jogo! De cada vez que o FC Porto iniciava um ataque continuado e carregava, havia um adversário no chão, e um árbitro que não fazia os possíveis para evitar paragens no jogo. Os jogadores foram continuamente assistidos dentro de campo, como se de um guarda redes se tratasse, e há ainda meia dúzia de faltas cirúrgicas assinaladas sem se perceber qual o critério usado.

Há uns anos discutia-se a questão da intensidade, hoje discute-se a questão do critério. Ficam dois lances de mão para discutir, o que tendo em conta o Benfica - Vitória de Guimarães da jornada passada, causa-me uma profunda confusão na questão de critérios. Fica ainda como nota um lance de confronto aéreo com o Varela, e a expulsão justa de James Rodriguez.
A um FC Porto com a cabeça noutro lugar, juntaram-se todas as vontades.
Talvez seja só eu que o veja assim, mas a choradeira semanal dos adversários, esta semana não vai ter lugar no telejornal.

3 - A transmissão no canal do costume:
A transmissão teve um comentador que é um atentado à objectividade e imparcialidade. A TVI continua exímia no seu anti-Portismo. Além de não conseguir disfarçar a falta de vontade para estar a comentar um jogo do FC Porto, também não consegue disfarçar o redobrado prazer de ver o FC Porto a perder pontos.
Não fosse a discrepância do som da emissão no rádio com a emissão na televisão, e não ouviria jogos na TVI há muito tempo.

P.S. Para a semana vamos vencer no Dragão.

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